Polícia Civil prende pai que abusou sexualmente de filha com deficiência em MT

Na última quinta-feira (20.07), a Polícia Civil realizou a prisão preventiva de um homem de 42 anos em Rondolândia, no noroeste de Mato Grosso, por abuso sexual contra a própria filha de 19 anos, que possui deficiência intelectual. O crime veio à tona após a corajosa denúncia da mãe da vítima, que relatou os abusos sofridos pela filha. O agressor chantageava e ameaçava a vítima para manter o silêncio, agravando ainda mais a situação de vulnerabilidade em que a jovem se encontrava.

A jovem vítima relatou que os abusos sexuais começaram quando a família ainda residia em Cacoal, Rondônia, um ano antes de se mudarem para Mato Grosso. Mesmo após a mudança, o pai continuou cometendo os crimes em Rondolândia, aproveitando-se dos momentos em que ficava sozinho com a filha para forçá-la a atos sexuais, ignorando suas negativas e reações de resistência.

Além das agressões sexuais, a vítima e sua mãe relataram à polícia que o acusado era uma pessoa agressiva e de temperamento explosivo, que frequentemente quebrava objetos da casa durante suas fúrias. Em um incidente alarmante, ele tentou incendiar a residência com a família dentro, cortando a mangueira do botijão de gás.

O caso é ainda mais grave considerando o atraso no desenvolvimento cognitivo e intelectual da jovem, o que a tornava mais vulnerável diante das ações do pai. O criminoso utilizava-se dessa vulnerabilidade para ameaçá-la, impedindo-a de buscar ajuda e proteção.

Diante das provas e elementos coletados durante a investigação, o delegado Mateus Reiners representou à Justiça pela prisão do acusado por estupro e ameaça. O magistrado da Comarca de Comodoro decretou a prisão preventiva com base na materialidade e indícios suficientes de autoria do crime, bem como a necessidade de garantir a aplicação da lei penal.

Esse trágico caso de abuso sexual cometido pelo próprio pai contra a filha com deficiência intelectual é um exemplo perturbador do abuso de vulneráveis. A coragem da vítima em denunciar, apoiada pela mãe, possibilitou que as autoridades tomassem medidas para garantir a segurança da jovem e a punição do agressor. A sociedade deve estar vigilante e atenta a casos como esse, trabalhando para proteger aqueles que são mais vulneráveis e garantir que a lei seja aplicada para punir os responsáveis por tais atrocidades. Além disso, é essencial que o sistema de justiça ofereça apoio psicológico e acompanhamento adequado às vítimas, ajudando-as a se recuperarem do trauma e a reconstruírem suas vidas.

Fonte:PF/MT